[fr] O striptease que propomos analisar é na verdade o título de uma obra que pertence à produção da artista italiana Benedetta Bonichi. Trata-se de uma composição mista, a meio caminho entre os raios-x e a fotografia. “Striptease” chamou a nossa atenção por várias razões. Com certeza, por seu caráter surpreendente, sendo uma cena erótica e ao mesmo tempo uma radiografia. Mas também por sua estética particular em relação aos outros artistas que desenvolvem uma técnica similar. O propósito de nossos passos é levar em consideração o lugar da obra estudada no espaço de realizações em raio-x artístico, numa perspectiva semiótica. Pretendemos desta maneira chegar à descrição fina de “Striptease, por meio do estabelecimento de um conjunto de formantes plásticos estáveis funcionando como base sobre a qual se correlacionam e se diferenciam os raios-x artísticos estudados. Por isso, desenvolveremos o estudo segundo três etapas gerais. Com a primeira, tentaremos efetuar uma descrição de “Striptease” segundo os três eixos da leitura plástica padrão, tal como foram trabalhados por Jean-Marie Floch: cromático, eidético e topológico. Na segunda etapa, adotaremos o mesmo ponto de vista para a descrição plástica de cinco obras de quatro outros artistas. O interesse da segunda parte consiste em ver como se atualizam as unidades plásticas em cada realização particular, a fim de observar as suas possíveis convergências e divergências. Na última etapa, poderemos considerar a estética de cada obra à luz das atualizações plásticas e das integrações entre elas com outros patamares temáticos. Conseguiremos, finalmente, entender a pertinência e a particularidade de “Striptease” como obra com vocação reflexiva a respeito da prática do raio-x artístico.